Saiba como foi o primeiro dia de visitas ao geoparque Caçapava 

Leandra Cruber

Saiba como foi o primeiro dia de visitas ao geoparque Caçapava 

Na manhã desta segunda (7), os representantes da Unesco Antonino Matencio e Mahito Watanabe, junto da comitiva do Caçapava Geoparque, começaram a visitar os geossítios, museus e prédios que representam o patrimônio histórico e cultural do município. O pórtico da cidade, espaço com informações turísticas sobre Caçapava do Sul, foi o primeiro local que recebeu a equipe. 

Depois, o grupo seguiu para o Jardim da Geodiversidade Professor Maurício Ribeiro para conhecer a Cambota, apelido dado à reprodução de uma preguiça gigante que teve os fósseis encontrados em Seival, localidade no interior. Além disso, foram apresentadas as pesquisas geológicas realizadas por alunos e professores da Unipampa. 

Aberta à visitação sob agendamento, durante o dia a universidade recebeu alunos de 10 escolas da cidade e região. Ainda, crianças e adolescentes que participam do projeto de extensão Escola da Floresta participam semanalmente de aulas no campus de Caçapava do Sul. De acordo com o professor Bruno Emílio Moraes, 37 anos, a iniciativa reúne alunos do primeiro ao oitavo ano da Escola Municipal de Ensino Fundamental Professora Eliana Bassi de Melo. 

— O projeto é multidisciplinar e a ideia é que as crianças consigam consigam aprender com metodologias e práticas educacionais inovadoras. Ou seja, ao invés de priorizarmos apenas os livros didáticos, viemos para os laboratórios da Unipampa para que eles possam tocar, mexer, enfim, aprender na prática em contato com a vida — disse.

Há dois anos no projeto, o estudante Nathan da Silveira Vieira, 15, já aprendeu muito sobre a cidade em que vive:

— É muito legal esse tipo de aprendizagem porque a universidade vira a nossa sala de aula. A gente consegue aprender nos laboratórios, manusear as rochas e conhecer fósseis. E tem gente de todas as idades, a gente se diverte. 

Fotos: Nathália Schneider (Diário)Fotos: Nathália Schneider (Diário)Fotos: Nathália Schneider (Diário)Fotos: Nathália Schneider (Diário)Fotos: Nathália Schneider (Diário)

No centro da cidade, o grupo passou pela Secretaria de Cultura e Turismo, Museu Lanceiros do Sul, Igreja Nossa Senhora da Assunção, que tem mais de 200 anos, Casa Borges de Medeiros e pelo Forte Dom Pedro II, construção tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

No museu, a exposição “Memórias Afetivas do Artesanato”, promovida pelo Projeto Caminhos do Sul da América, reuniu o trabalho de dez artesãs locais que possuem os selos de geoproduto. A Isa Dóris Teixeira de Macedo, artista plástica e artesã, produz tapeçarias e peças de roupas com lã de ovelha. 

— A cidade tem uma tradição de trabalhar com novelaria. Então, junto do emprego e renda, gera também um sentimento de pertencimento que resolvi materializar na minha arte. 

Os Guardiões do Geoparque

Fotos: Nathália Schneider (Diário)

Já na Chácara do Forte, além da bela paisagem do pampa gaúcho, os avaliadores adoraram conhecer os Guardiões do Geoparque, adolescentes que participam do projeto social Integração AABB Comunidade e que desenvolvem atividades voltadas para o reconhecimento do território. Desde março, eles produzem cucas, bolos e outros doces que levam a laranja como ingrediente principal. A cidade é referência na produção da fruta. Há 12 anos no projeto, o estudante David Neres, 17, comemora a possibilidade de participar desse momento de Caçapava do Sul:

— Eu nunca tinha vivido ou feito algo assim, aprendemos muito e vimos que a laranja, apesar de comum, é muito importante para a nossa cidade. 

Para Manuela Marques, 14, aprendizado e emoção definem a participação no geoparque Caçapava. 

— A gente está fazendo parte de algo muito grande, isso nos emociona e também nos orgulha — ressalta a estudante. 

Projeto para o futuro 

Fotos: Nathália Schneider (Diário)

Na esquina entre as ruas Borges de Medeiros e Sete de Setembro, um casarão antigo poderá se tornar a sede do Caçapava Geoparque. O estudo técnico realizado pelo Núcleo de Estudos em Gestão de Riscos e Infraestruturas (GRIN), da UFSM, diz que o local pode ser ocupado. O objetivo é que seja restaurado para a criação do Centro Interpretativo do Geoparque Caçapava. 

— Estamos realizando o estudo técnico para sugerir como o prédio pode ser ocupado. Posteriormente, um projeto arquitetônico poderá ser desenvolvido pela prefeitura de Caçapava  do Sul para que vire essa sede — explica o professor Robison Keith Yonegura, da UFSM campus Cachoeira do Sul.

LOCAIS VISITADOS NO PRIMEIRO DIA

Pórtico de Caçapava do Sul

Jardim da Geodiversidade Professor Maurício Ribeiro 

Secretaria de Cultura e Turismo

Museu Lanceiros do Sul 

Igreja Matriz Nossa Senhora Da Assunção

Casa Borges de Medeiros (em restauração)

Forte Dom Pedro II

Chácara do Forte

Geossítio Caieiras 

Empreendimento Don José (referência na produção de azeite de oliva)

Geossítio Toca das Carretas com vista para o geossítio Cerro da Angélica

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